Que nome terá? Em que fantasia se esconde?
Por que te escondes em trajes tão diversos, em ideias tão distintos?
Será que a fabricamos nos nossos sonhos, nas nossas ilusões, nos nossos anseios e delírios? Por que a materializamos nos objetos? Por que fingimos está tudo bem em tempos de suposta alegria, embreaguês?
Para que precisamos te achar em tantos baús empoeirados de mesmisse? És particular e universal, todos a querem, cada um a tem singularmente. Parece estranho que não consigamos te alcançar enquanto vivos, como quem jamais te tocará sem antes abrirmos mãos de te nossas próprias razões, opiniões, saberes. Sabe? Nada parece ofuscar a certeza de que és a única em que se firmam as esperanças dos sábios e dos estúpidos. És forte aos olhos dos mais velhos mas um brinquedo nas mãos das crianças. Ah, sim, elas te tem, mas te perdem aos poucos.
Quando te colocam abaixo do travesseiro, a te chamar de esperança, ficas em silêncio e tudo se revela no íntimo, não de te deixas vencer: ao erguer uma taça de campeão, ao ver a banda de rock favorito, ao chegar quem estava muito longe, ao superar um trauma, ao vencer o câncer, ao chover na secura do sertão, ao saber que mais um dia é possivel em acordos de paz... e tu felicidade, quem a faz feliz?
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