terça-feira, 2 de abril de 2013

MEU SONHO ERA VOAR



Certo dia, ao fazer feira com minha esposa, vi um senhor com uma camisa azul marinho com o distintivo "S" do Super Homem. Tomei um susto e rememorei momentos singulares de minha vida, na infância, pré-adolescência. A camisa azul era minha grande obcessão, meu grande sonho. Lembro que eu colocava ainda um pano qualquer no pescoço e conseguia as asas para o vôo da imaginação.

Outro sonho era um par de luvas de goleiro. Meu quarto era a Vila Belmiro, (falava Vila "Delmiro") o campo do Santos Futebol Clube. Chutava a bola na parede e quando esta retornava, me jogava ao  tapete repleto de almofadas... na minha mente eu tinha barba e me chamava Rodolfo Rodriguez, o  uruguaio camisa 1 da minha saudosa década de 1980.

Não lembro de ter vestido qualquer camisa com a letra S, mas tive meu primeiro par de luvas aos 14 anos quando ainda me sentia goleiro. Logo, descobriram que tinha um imenso potencial para me profissionalizar abaixo das balizas, pois os saltos treinados desde cedo, desenvolvi rápido a função de evitar o melhor do futebol. Logo, descobriram que tinha um imenso defeito: todo meu potencial funcionava apenas para o lado esquerdo. Não conseguia saltar à bola com a mesma eficiência para o lado oposto, o que levou aos atacantes adversários a chutarem a bola sempre no mesmo lugar. Inacreditável, mas verdade plena! Tornei-me lateral direito, porém, sem êxito.

Essa ida às compras me trouxe diversas reflexões, dentre tais: quais meus atuais sonhos? Na realidade, a brincadeira de criança é mais que um sonho, é um ensaio, pois lá na frente o excesso ou a falta de brincaderias será decisivo.

Nenhum comentário: