quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

UMA PONTE PARA TODOS OS CAMINHOS

Sobre o que escrever? Quais palavras escolher na hora de fantasiar um espaço em branco? Dançam os olhos em torno das letras combinadas, soam bem? Se fosse uma sinfonia, diria musicalmente o exato? Quais abstrações perduram nas molduras dos verbos significantes, o verdadeiro? Jornais, poesias, livros, rabiscam os pensamentos, as idéias, os conceitos, os sentimentos... e quem de fora percebe o que se quer dizer?

Sobre as estantes estão intactos. Refletidos nas lentes dos óculos cabem melhor, largam a poeira, vivificam os neurônios, diálogos entre mentes... não, não, monólogo de um para tantos que sobrevivem entre frases, períodos, (c)orações. 

Nada parece deter cada vírgula inclusa, e aos exclusos a réplica: memória, vida que ensina, pele castigada não é nem o resumo de uma página, é todo um acervo não escrito, qual tinteiro suportaria?

Para os aficcionados, letrados, vivificados pelo dom de decodificar símbolos, traduzir letras em vozes, fica a mensagem de que tudo que pensei já foi percebido, compreendido ou não, como saber? Nem sempre é fácil, nem sempre a intensão de arrancar um sorriso, um aprendizado, e até uma lágrima, esta útima cabem aos imortais!

Para quem escreve, como saber se se fez entender? O que fazer entender? O que escrever? Das palavras escolhidas, a última é quem tem a missão de satisfação mútua, a ponte que une dois caminhos distintos, estranhos: de quem lê e quem escreveu. 

O ponto final, é sinal de que tudo voltou ao mundo real, com ou sem transformações, afinal como saber?

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