Sobre o que escrever? Quais palavras escolher na hora de fantasiar um espaço em branco? Dançam os olhos em torno das letras combinadas, soam bem? Se fosse uma sinfonia, diria musicalmente o exato? Quais abstrações perduram nas molduras dos verbos significantes, o verdadeiro? Jornais, poesias, livros, rabiscam os pensamentos, as idéias, os conceitos, os sentimentos... e quem de fora percebe o que se quer dizer?
Sobre as estantes estão intactos. Refletidos nas lentes dos óculos cabem melhor, largam a poeira, vivificam os neurônios, diálogos entre mentes... não, não, monólogo de um para tantos que sobrevivem entre frases, períodos, (c)orações.
Sobre as estantes estão intactos. Refletidos nas lentes dos óculos cabem melhor, largam a poeira, vivificam os neurônios, diálogos entre mentes... não, não, monólogo de um para tantos que sobrevivem entre frases, períodos, (c)orações.
Nada parece deter cada vírgula inclusa, e aos exclusos a réplica: memória, vida que ensina, pele castigada não é nem o resumo de uma página, é todo um acervo não escrito, qual tinteiro suportaria?
Para os aficcionados, letrados, vivificados pelo dom de decodificar símbolos, traduzir letras em vozes, fica a mensagem de que tudo que pensei já foi percebido, compreendido ou não, como saber? Nem sempre é fácil, nem sempre a intensão de arrancar um sorriso, um aprendizado, e até uma lágrima, esta útima cabem aos imortais!
Para quem escreve, como saber se se fez entender? O que fazer entender? O que escrever? Das palavras escolhidas, a última é quem tem a missão de satisfação mútua, a ponte que une dois caminhos distintos, estranhos: de quem lê e quem escreveu.
O ponto final, é sinal de que tudo voltou ao mundo real, com ou sem transformações, afinal como saber?
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