Acende a lamparina numa floresta escura um náufrago das terras cobertas de escuridão e medo..., ao fim de uma caminhada longa, com arranhões de galhos e picadas de mosquitos, o clarear das nuvens mostram que a manhã faz as pazes com o canto dos pássaros. Os primeiros raios roubam o sorriso de quem passou a noite com os olhos vendados ainda que abertos.
Um caminho novo traz consigo o desconhecido, o vislumbre de um novo horizonte, um sentido, um norte qual bússola a guiar os passos, ascende ao limite da euforia, um surto de auto-contentamento e finalmente encontrar uma razão para viver.
Aos que temem ao novo fica o cômodo ditado de que "futebol, religião e gosto não se discute", uma zona de conforto para quem não tem argumentos, nem certezas. Como crescer quando se impõe suas próprias regras e leis, sem ao menos haver a compreesão do outro e suas razões? As circunstâncias do sectarismo auto-esclarecido erguem reinos de teorias perfeitas que resolverão todos os problemas do mundo. Todos têm a solução.. não, não, todos soluçam.
O diferente preenche o que falta ao imperfeito, sem o qual, a igualdade seria admitir que não precisamos de vencedores, não precisamos de rivais (então o futebol não teria a menor graça?), não precisamos de luz e sombra (o que seria de Caravaggio?), nada mais buscar, nada mais aprender, nada mais a ser... tudo seria exatamente como numa só cor, num só tom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário